CONHECENDO O DEUS DA GRAÇA | PARTE 2 DA SÉRIE "MARAVILHOSA GRAÇA"
CONHECENDO
O DEUS DA GRAÇA
“A pregação do evangelho moderno criou um
Deus sem ira e um homem sem pecado”
A. W.
Pink
M
|
uitos têm tido uma compreensão
errada da graça salvadora pelo fato de não conhecerem a fonte desta sublime
Graça. Quantos crentes frustrados com a Graça de Deus pelo fato de não
compreenderem o Deus da Graça. Todos os Cristãos desejam gozar dos benefícios
da Graça, porém, são poucos que desejam ir até a fonte da Graça, pois, para se
achegar a fonte de toda Graça, é preciso mortificar a carne, humilhar nossa
natureza e, por consequência, abandonar as práticas pecaminosas. A final, para
ir até a fonte da Graça é preciso santidade, sem a qual é impossível conhecer o
Deus de toda Graça (Hb 12.14).
Como cristãos, temos o dever
de conhecer o Deus de toda graça a fim de alcançarmos misericórdia. Pois,
somente quando conhecermos a Deus é que experimentaremos os benefícios da Graça
salvadora. Esta verdade está muito bem dita em Hb 4.16, vejamos:
“Chequemos,
pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia
e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno”.
O teólogo pentecostal Esequias
Soares disse as seguintes palavras sobre a importância de se conhecer a Deus,
vejamos:
“Deus aparece logo no primeiro versículo da Bíblia como o Criador: ‘No
princípio, criou Deus os céus e a terra’ (Gn 1.1). Essa importância faz do tema
uma questão de vida ou morte: “E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por
único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviastes’ (Jo 17.3)”.
(Teologia Sistemática Pentecostal, pg. 53).
Deus é a fonte da Graça
salvadora (Tg 1.17). Sem Ele não existe Graça, não existe misericórdia, não
existe bênçãos, não existe salvação. A Graça não é uma energia, não é um anjo,
não é uma pessoa e, tão pouco, um objeto que podemos conquistar com nossas
obras, a graça é o ato divino de nos dar aquilo que não merecíamos, qual seja: salvação!
A Bíblia nos mostra que a
Graça é uma ação visível nas três pessoas da trindade. Em 1Pe 5.10 lemos a
declaração de que Deus tem toda Graça, vejamos: “E o Deus de toda Graça, que em Cristo o chamou à sua eterna glória
[...]”. Também, lemos em Gl 6:18 que a Graça era uma característica de
Jesus, pois assim está escrito: “A Graça
de nosso Senhor Jesus Cristo seja, irmãos, com vosso espírito. Amém” (vide,
também, Jo 1.14). Igualmente, a Graça salvadora é atribuída ao Espírito Santo,
pois em Hb 10.29 Ele é chamado de “Espírito da graça”.
Desta forma, a Graça Salvadora
é uma ação que decorre do próprio Deus e de Sua natureza, ou seja, Deus é a
origem da Graça e toda manifestação desta Graça possui como fonte inesgotável
um Deus soberano, justo, bondoso, amoroso, santo, onipotente, onisciente,
onipresente, eterno e imutável.
Se Deus é a fonte da Graça,
logo esta carrega as características daquele. Assim sendo, os cristãos do
século XXI precisam entender que Deus continua sendo onipotente e, portanto,
possui todo o poder e torna a Graça soberana em sua atuação. Da mesma forma,
Deus continua sendo onisciente e, portanto, conhece tudo e todos e ninguém pode
manipular a sua Graça. Deus continua sendo onipresente e estar em todos os
lugares e, portanto, a sua graça se manifesta nos quatro cantos deste planeta e
não há ninguém que não possa senti-la. A eternidade é característica distinta
de Deus e, por isso, torna sua Graça uma ação eterna e que se estende de
geração em geração. Não menos importante, nosso Deus é imutável e, portanto,
seu caráter, propósitos e graça não mudam.
O teólogo pentecostal Esequias
Soares certa vez escreveu: “[os] Atributos
divinos são as perfeições do Todo-Poderoso reveladas nas Escrituras e
conhecidas em função da relação Dele com o homem, nas suas diversas obras. São
perfeições próprias da essência de Deus” (Teologia Sistemática Pentecostal,
pg. 65).
Assim sendo, a Graça é o
substrato dos atributos de Deus!
Qualquer obra atribuída a
Graça de Deus que vá contra o caráter de Deus e Sua natureza deve ser
rejeitada. Pois, atualmente, muitos têm pregado uma Graça que é condescendente
com o pecado ou que é legalista, que é mutável e submissa e, portanto, muda de
acordo com a vontade do homem. Tais ensinamentos têm trazido uma nuvem de
confusão, pois, muitos crentes estão vivendo uma vida de pecado, de tristeza,
de decepção e de angustia, por não entenderem que a Graça de Deus é
libertadora, contudo, é exigente, ou seja, ela nos liberta da escravidão do
pecado, porém, nos constituí servos de Deus e exige de nós uma vida de completa obediência a
Deus.
Muitos pregam um evangelho
alheio as Sagradas Escrituras, pois, pregam um Deus cuja graça escraviza as pessoas
através de obras que, na realidade, não têm eficácia para salvar, tornado o
cristianismo uma religião legalista, ou, na outra extremidade, ensinam uma
graça licenciosa que confere ao homem uma liberdade corrompida e o autoriza a
viver uma vida de acordo com sua próprias paixões e concupiscências, transformando
o cristianismo em uma religião antinomista e, assim, barateando a graça de
Deus.
Em muitos púlpitos, têm se
pregado um “Deus” que, na verdade, não têm graça, mas, sim, um “Deus” que se
submete a vontade do homem, seja para escravizar as pessoas, determinando a
práticas de obras com uma aparência de santidade, mas que de fato não salva
ninguém (2Tm 3:5), seja, supostamente, libertando o homem para que ele viva de
acordo com sua vontade pecaminosa.
Porém, a Bíblia no revela um
Deus cuja a Graça é santa e justa. A graça divina é santa porquanto exigem que
o homem se abstenha das práticas pecaminosas. Por outro lado, a graça divina é
justa, pois jamais exigem do homem qualquer obra para que ele possa ser salva,
haja visto que esta graça enviou Jesus para que, através da sua obra
expiatória, pudesse justificar o pecador incapaz de se salvar pelas suas
próprias obras (Ef 2.8-9).
Deus é a fonte de toda a graça
e, portanto, somente nele encontraremos a verdadeira Graça Salvadora que nos
liberta do pecado, nos constitui filhos e servos de Deus e, no entanto, nos
exige que andemos em santidade “sem a qual ninguém verá a Deus” (Hb
12:14).
Quando conhecemos o Deus da Graça, esse Deus gracioso nos
ordena:
“Antes crescei na graça e conhecimento de
nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora,
como no dia da eternidade. Amém”. (2Pe 3:18).
Conheça progressivamente o
Deus da graça, crescei na graça, se entregue a esta maravilhosa graça salvadora
e seja transformado pelo Deus de toda Graça!
Pb. Diego Natanael.
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