QUAIS OS LIMITES DAS CONVICÇÕES POLÍTICAS DE UM CRISTÃO?
Vivemos em um momento histórico no nosso país. A população, de uma maneira geral, tem se envolvido ativamente nos problemas políticos do Brasil. Contudo, devido a crise moral, econômica e social que o nosso país vive, está surgindo um fenômeno de radicalização da política e de falta de moderação.
Devido a esse fenômeno, muitos abandonaram suas convicções religiosas/morais a fim de abraçar cegamente as convicções políticas que atendem aos seus anseios. Diante disto, a pergunta que proponho é: QUAL O LIMITE DAS CONVICÇÕES POLÍTICAS DE UM CRISTÃO?
A priori, é preciso esclarecer que as convicções políticas não são, necessariamente, antagônicas as convicções religiosas e morais. Contudo, quando um cristão se vê em um confronto entre seus valores morais bíblicos e suas convicções políticas, este deve sempre optar pelos valores e princípios bíblicos, ainda que isso lhe custe a perda de direitos de natureza material.
Desta forma, os limites das convicções políticas de um verdadeiro cristão é a BÍBLIA. A Palavra de Deus é a nossa Constituição por excelência, nosso livro de conduta divinamente inspirado, nossa regra de fé inquestionável e, principalmente, nossa bússola que nos mostra o caminho para o céu.
O verdadeiro cristão se submete humildemente a BÍBLIA por, exatamente, entender que ela é a expressão da vontade de Deus. Assim sendo, todas as áreas de nossas vidas, incluindo nossas convicções políticas, devem estar subordinadas a Palavra de Deus. Esse é o sentido do termo "sola scriptura" - somente as Escrituras, evocado por Martinho Lutero e que motivou a deflagração do grande movimento da Reforma Protestante.
Muitos têm subordinado a BÍBLIA à sua cartilha política, abandonam os valores bíblicos em prol do proveito econômico e social, temporário e terreno, que suas convicções políticas pretendem obter.
Vivemos em um tempo em que muitos cristãos têm caído na velha armadilha de Satanás de oferecer pão em detrimento a Palavra de Deus (Mt 4:1-4). Pois, estes cristãos têm optado pelo pão (direitos sociais, políticas progressistas, e, direitos supostamente humanos) e, para isso, negam a Bíblia.
O bem maior do verdadeiro Cristão não são os direitos sociais que nos garantem um conforto terreno e, portanto, passageiro. Tudo isso é secundário. O bem maior do cristão autêntico é o Reino de Deus e sua Justiça (Mt 6.33), é a vontade de Deus manifesta em sua Palavra escrita (Bíblia), é a preservação dos valores morais bíblicos ainda que isso nos custe uma vida de aflições aqui na terra (Jo 16:33).
"Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada" (Romanos 8:18).
Infelizmente, vemos cristãos apoiando candidatos que defendem explícita e implicitamente pecados condenados pela Palavra de Deus. Cristãos flertando com candidatos que defendem e promovem o aborto, a homossexualidade, a erotização de crianças, o ateísmo cultural, o consumo de drogas lícitas e ilícitas, a extinção do modelo patriarcal de família instituído por Deus. Tudo isso, sobre o pretexto de busca pela efetividade dos direitos sociais e a promoção da dignidade humana. Os cristãos que apoiam tais candidatos assim fazem por desejarem a efetividade dos direitos sociais, contudo desprezam as abominações que seus candidatos defendem. Querem o pão que os candidatos progressistas oferecem e, com isso, negam a Palavra de Deus. Tais cristãos são aqueles de quem o Apóstolo Paulo disse em 1Co 15:19, esperam em Cristo só nessa terra e negam os valores mais importantes e eternos.
O que vale um país próspero materialmente, se está se corrompendo espiritualmente. O que adianta as pessoas terem casa, carro e dinheiro, se, em troca disso, perderem sua salvação, se afastarem de Deus, perderem suas crianças para as drogas e relações sexuais ilícitas, perderem sua família.
A obediência irrestrita a Palavra de Deus é única forma de promoção da dignidade humana, o homem nunca será plenamente digno se insistir em andar em contrariedade à Bíblia, expressão da vontade divina. Pois:
"Pois toda a Escritura Sagrada é inspirada por Deus e é útil para ensinar a verdade, condenar o erro, corrigir as faltas e ensinar a maneira certa de viver" (2Tm 3:16).
Não é pecado ter convicções políticas e nem, tão pouco, desejar a efetividade dos direitos sociais tão vilipendiados pelos nossos governantes. Contudo, não devemos tornar essa busca e essas convicções em altares de idolatria, colocando-as acima da Palavra de Deus. Entre as convicções políticas e os valores bíblicos, busquemos o mais importante, qual seja: os valores prescritos na Bíblia.
Se suas convicções políticas têm feito você escolher entre elas e a Palavra de Deus, faça igual a Jesus, nosso Senhor, quando disse para Satanás "nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus" (Mt 4:4). Sola Scriptura!
Pb. Diego Natanael.
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